“Tem gente que faz filme sobre personagens comuns eu faço sobre personagens históricos”, declaração de Tendler, fazendo referência ao seu filme, exibido hoje no Theatro Treze de Maio.
Sem duvida, a fala do documentarista figurão justifica muito de sua trajetória no cinema.
Bem aos moldes do fazer cineclubista o bate-papo com Tendler se fez de forma horizontal e descontraída. Com ele no palco, estava Luiz Alberto Cassol. O publico infelizmente pequeno, tinha o interesse daqueles que de fato são apreciadores da sétima arte. “Não importa o número de pessoas, falo para aqueles que realmente desejam ouvir”.
No encontro, o documentarista atendeu a diversos debates e discussões. Falou da analogia de labirinto no nome do longa, por Glauber ser uma pessoa intuitiva e inesperada. “Por isso o labirinto, construí imagens e depoimentos que tentavam resgatar Glauber, e de repente ele estava lá no outro caminho”.
Com uma obra pouco compreendida que por ora versa o bitoresco, o cineasta nordestino influenciou muita gente boa como o diretor de Cidades dos Sonhos, David Linch. “Eu mesmo não gostava de assistir ao Glauber, achava meio chato, louco demais. Resolvi fazer o filme para aprender a gostar”
Segundo Tendler é preciso muito mais que assistir aos filmes, apurar o olhar cinematográfico para compreender produções como as de Glauber. “Ele queria mesmo fazer cenas desconexas, instigar o pensamento.”Depois de uma hora e meia, Cassol então encerrou o bate-papo cumprimentando ao cineasta e a todos os presentes, com a frase: “o festival já valeu a pena só por este momento”. E como valeu!
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