quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

dia de samba!



Salve o samba, porque quem não gosta de samba, bom sujeito não é!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Grandes cineastas brasileiros em debate no 8º SMVC: Glauber Rocha e Sílvio Tendler

“Tem gente que faz filme sobre personagens comuns eu faço sobre personagens históricos”, declaração de Tendler, fazendo referência ao seu filme, exibido hoje no Theatro Treze de Maio.
Sem duvida, a fala do documentarista figurão justifica muito de sua trajetória no cinema.

Bem aos moldes do fazer cineclubista o bate-papo com Tendler se fez de forma horizontal e descontraída. Com ele no palco, estava Luiz Alberto Cassol. O publico infelizmente pequeno, tinha o interesse daqueles que de fato são apreciadores da sétima arte. “Não importa o número de pessoas, falo para aqueles que realmente desejam ouvir”.

No encontro, o documentarista atendeu a diversos debates e discussões. Falou da analogia de labirinto no nome do longa, por Glauber ser uma pessoa intuitiva e inesperada. “Por isso o labirinto, construí imagens e depoimentos que tentavam resgatar Glauber, e de repente ele estava lá no outro caminho”.

Com uma obra pouco compreendida que por ora versa o bitoresco, o cineasta nordestino influenciou muita gente boa como o diretor de Cidades dos Sonhos, David Linch. “Eu mesmo não gostava de assistir ao Glauber, achava meio chato, louco demais. Resolvi fazer o filme para aprender a gostar”

Segundo Tendler é preciso muito mais que assistir aos filmes, apurar o olhar cinematográfico para compreender produções como as de Glauber. “Ele queria mesmo fazer cenas desconexas, instigar o pensamento.”Depois de uma hora e meia, Cassol então encerrou o bate-papo cumprimentando ao cineasta e a todos os presentes, com a frase: “o festival já valeu a pena só por este momento”. E como valeu!

Sílvio Tendler - Homenageado Nacional

Um dos principais documentaristas do país, Silvio Tendler receberá mais uma homenagem em sua vasta carreira. Isso porque o seu nome será o destaque nacional da oitava edição do Santa Maria Vídeo e Cinema, que acontece em entre os dias 23 e 28 de novembro de 2009.

Tendler, cuja obra conta com 40 filmes entre curtas, médias e longas-metragens, tem dentre suas produções os longas "Os Anos JK- Uma trajetória política" (1980), "O Mundo Mágico dos Trapalhões" (1981) e "Jango" (1984), que alcançaram as maiores bilheterias entre documentários na história do cinema brasileiro.

Seu trabalho mais recente, "Encontro com Milton Santos ou O Mundo Global Visto do Lado de Cá", ganhou o Prêmio de Melhor Filme do Júri Popular na última edição do Festival de Brasília. Já seu tão esperado "Utopia e a Barbárie" recebeu o prêmio de Melhor Direção e Montagem do 4º Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino.

No que se refere a premiações e homenagens, o documentarista tem uma bagagem invejável, constam em seu currículo títulos como: Prêmio Salvador Allende no Festival de Trieste, Itália, Homenageado no X Festival de Cinema Brasileiro em Paris, Medalha Tiradentes, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, entre muitos outros.

8º Santa Maria Vídeo e Cinema



8º Santa Maria Vídeo e Cinema- Debates, oficinas e mostras competitivas promovem a democratização do audiovisual

A oitava edição do Festival Santa Maria Vídeo e Cinema - SMVC, está sendo realizada de 23 a 28 de novembro de 2009. Nesta edição, o tema é “Da película ao pixel”, e o objetivo do Festival segue o mesmo: democratizar o acesso do público ao audiovisual.

O SMVC deste ano, conta com um recorde: mais de 390 produções foram inscritas para as Mostras Competitivas, nas categorias animação, documentário, ficção e videoclipes. O homenageado nacional desta edição é o cineasta, Sílvio Tendler, a homenageada local é a atriz, Manuela do Monte. O diretor convidado é o santa-mariense, Paulo Nascimento.

Confira a programação e cobertura completa do Festival no site: www.smvc.org.br

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ah! Se toda sexta-feira 13 fosse assim


Era sexta-feira 13, o mundo lá fora parecia desabar em meio a um vento forte que anunciava mais um temporal. Tudo colaborava para uma noite típica de horror, como sugere o dia cabalístico. Mas, para as mais de 200 pessoas que lotaram o Teatro Treze de Maio, o clima era exatamente o oposto. Beth Goulart e Clarice Lispector – já explico – fizeram daquela noite, extasiante para olhos, ouvidos e corações de todos os presentes.

Reflexivo e instigante, o espetáculo Simplesmente Eu, Clarice Lispector de direção, texto e interpretação – e que interpretação – da estonteante Beth Goulart trouxe ao palco algumas das tantas mulheres que habitavam a mente de Clarice. Através de falas emocionantes, e da intensa atuação de Beth, a peça reconstruiu diversos momentos da vida e obra da escritora.

Uma mulher apaixonada, a mãe de Deus, uma dona de casa, todas elas foram trazidas para muito perto do público que descobriu se identificar ainda mais com os textos de Clarisse, que de fato através de seu tom intimista falava de todos nós.

Bem mais que uma homenagem a escritora brasileira nascida na Ucrânia, o espetáculo trouxe nas personagens de Clarice todo o encanto e profundidade de sua obra. Contou com figurino e iluminação impecáveis também.

Ainda, no fechar da cortinas do teatro, Beth se postou frente a toda platéia e deu inicio a um bate-papo que foi muito além do espetáculo, falou da vida, do passado, do futuro e tudo mais que Clarice nos trouxe em seus textos.

Sem dúvida, uma sexta-feira 13, que ficará na memória não pelas crendices que rodeiam a data, mas pela noite especial que foi. Trouxe arte, leitura e reflexão para junto de todos aqueles que estiveram no teatro. Uma sexta-feira 13 diferente de todas, ainda bem.