terça-feira, 30 de junho de 2009

feliz aniversário mami querida!


Eu gosto tanto de escrever sobre as pessoas e nunca senti muita dificuldade nisso. Para mim funciona como um exercício de redação em que eu posso colocar toda minha subjetividade. Escrever com coração.

Da minha mãe eu só havia escrito em pequenos cartões, dia das mães, natal, páscoa etc. Coisa de colégio mesmo.

Agora sentei aqui na vontade de escrever sobre ela - que é maior que o mundo para mim - e me deu aquela insegurança. Como se eu não tivesse material suficiente para produzir o texto da minha vida. Que coisa!

Eu poderia tentar definir a palavra mãe, mas acredite, é algo muito mais complicado e bonito que isso! Na verdade eu a chamo assim (entre outros apelidos carinhosos), mais por uma questão normativa do que por expressividade própria.

Acho que nem eu, nem a pessoa ou coisa ou entidade ou instituição que inventou o termo "mãe" conseguiríamos tornar palavra, o que de fato ela significa e representa para mim. Acho que nem mesmo o poeta que tanto fala e parece entender de amor, seria capaz de me ajudar nessa tarefa.

Eu poderia dizer que ela é minha referência para qualquer percepção de mundo, para qualquer sentimento que eu possa nutrir. Que eu vejo tudo, um pouco através dos olhos dela, e que para mim eles são os sinceros que existem.

Poderia dizer que eu aprendi a abraçar alguém estando em seu colo, e aprendi o valor de tudo isso depois vê-la chorar. E que fique claro que eu detesto assistir ao seu choro, que seria capaz de poupar meu riso e sentir minha lágrima para que a dela fique guardada. E o seu riso garantido.

Eu poderia dizer que não existe alguém em quem eu confie mais, que não existe alguém que me desperte tanto, entre outros instintos, o de proteção absoluta. Porque embora ela seja a fortaleza que me estabiliza, também representa para mim, toda a fragilidade de algo raro que deveria ser intocado.

Eu poderia também falar da relação consangüínea, que agrega os laços de família e eternidade. Falar dos cuidados que ele me dedicou nos nove meses de gestação e continua dedicando em vinte e um anos de vida.
Eu poderia falar de amizade, pois de fato ela é minha melhor amiga. Falar da certeza de um carinho retribuído, de uma cumplicidade infinita.

Enfim, minha mãe - na falta de adjetivos superiores: aquela que é de ofício e de fato, de sangue e de coração. E assim sempre vai ser.

O amor primeiro dos amores para mim.
Feliz aniversário! As coisas boas aquelas, ela conquista sem que eu deseje, pois se Deus não der á ela paz, saúde, felicidade e sucesso. Ninguém mais receberá.

Mãe, te amo! E isso não é tudo.

* Um Bee Gees de presente, já que ele adora!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

abra a porta

da leveza da paixão

Oscar Wilde realmente sabia muito da gente: “É um absurdo dividir as pessoas entre boas e más, as pessoas são ou interessantes ou entediantes”.

Sabe, eu vivo me apaixonando, acho mesmo que eu sou do tipo que ama fácil. Aliás, eu amo tanta gente. Mas não morro de amores não. Apenas sou apaixonada mesmo. Acho que é porque não idealizo o amor, nem mesmo tento achar explicações ou definições para ele.

Pensando bem, eu não me preocupo em amar ou deixar de amar, não escolho momentos, nem pessoas. Basta que alguém mobilize algo aqui dentro. Um sentimento novo quem sabe, não importa... É só observar aquela pessoa e saber que ela tem algo a me dar. Que de alguma forma ela desperta sensações em mim, e questionamentos sobre o mundo. Pessoas interessantes, que valham à pena, e que seduzem sem notar.

Quero perto de mim alguém que me some algo, que, por favor, me faça pensar! Quero que venha de encontro a mim, e confronto ao que eu era antes. Que me torne nova e diferente, e que me permita deixa de amar também. Porque eu não quero só uma, afinal eu vivo me apaixonando. E todas elas me encantam.

Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo


V.M.

domingo, 28 de junho de 2009

do amor dos amores

Era cedo resolvi falar de amor, pensar no amor... "ter amor e dar amor e receber amor até não poder mais ", tal como Vinicius mandou. Permitir dizer amor e amar amor. E saber do que o amor não é feito, e quem sabe descobrir o que faz dele tão intacto e estranho. E perfeito. E assim amar como antes e depois de novo. E continuar. Saber, que tudo que sente não cabe num eu "te amo". E que um abraço sempre deve ser superstimado e a necessidade de guardar aquele momento! E saber também que a simples sensação da "ponta de um torturante band-aid no calcanhar" fez a Elis dançar dois pra lá dois pra cá, amando cada passo da dor. E então falar de amor e querer amor e não cansar. Como algo plástico e delicado que ás vezes não se deixa ver. E falar sem complicar, e se permitir seguir a sentir tudo que é dele inato. E ser amor sempre que puder e mesmo quando não quiser, perceber no vento, na carta ou na flor que tudo é um pouco de amor e a gente não se faz notar. E esquecer de procurar porque tudo do amor é um pouco daquilo e daquele que te fez chorar ou te fez sorrir ou te fez lembrar... Que tudo que se sente um pouco, é amor, e tudo que se sente muito, é amor. E mesmo tudo que se pensa sentir, é amor. E então falar de amor, e ser amor cantando, dançando, escrevendo, sentido. Amando amar.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

FETISM movimenta a cena cultural de Santa Maria



Terminou ontem o 2° Festival de Teatro Independente de Santa Maria – FETISM. Desde o dia 16 de junho o Espaço Cultural Victorio Faccin, nosso querido TUI foi palco de uma verdadeira maratona teatral, que propôs a tarefa de realizar e refletir o teatro.
Na competição deste ano seis espetáculos estavam na disputa:

Os Sobreviventes (Atoum, de Santa Maria)
O Homem da Flor na Boca (Grupo Trocadilho, de Santa Maria)
Dorotéia (Cia. Retalhos de Teatro, de Santa Maria)
Uma Estória Abensonhada (Teatro Camaleão, de Santa Maria)
Inspetor Geral (Grupo de Teatro da Unijuí, de Ijuí)
A Cabeleireira (Hendÿ, de Dourados, Mato Grosso do Sul)


Uma Estória Abesonhada foi a grande campeã desta edição, levando o prêmio de incentivo cultural no valor de R$500. O espetáculo veceu oito das doze categorias, dentre elas as principais: Melhor espetáculo júri técnico e Melhor espetáculo voto popular.

A programação também contou com oficinas, saraus literários, rodas de discussão, projeções cinematográfica e um espatáculo de rua. Umas das atrações que eu tive o prazer de conferir foi o show que rolou no Zeppelin na última terça. Mauro Buzza (foto), da Bandinha di-dá-dó de Porto Alegre. "Um artista em crise de identidade e crise financeira" como ele mesmo definiu.

Uma apresentação de encher os ouvidos e olhos. A irreverência e o carisma do homem-banda contagiaram a todos, que juntos com de seus vários - e inusitados - instrumentos, seguiam as batidas. Um som empolgante, performático, bandinha mesmo! A magia da arte circense musicada.

Então vida longa ao FETISM e demais festivais independentes da cidade! Que a cultura seja aquecida por iniciativas como esta que proporcionam a integração das práticas artísticas aos olhos da comunidade.

jornalistas unidos


QUARTA-FEIRA (24/06) MANIFESTAÇÃO EM PORTO-ALEGRE ÁS 12H NA ESQUINA DEMOCRÁTICA!

TEXTO RETIRADO DO SITE DA FENAJ - FEDERAÇÃO NACIONAL DE JORNALISTAS

Perplexos e indignados os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Outros sete ministros acompanharam o voto do relator. Perde a categoria dos jornalistas e perdem também os 180 milhões de brasileiros, que não podem prescindir da informação de qualidade para o exercício de sua cidadania.

A decisão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF aos interesses da elite brasileira e, neste caso em especial, ao baronato que controla os meios de comunicação do país. A sanha desregulamentadora que tem pontuado as manifestações dos ministros da mais alta corte do país consolida o cenário dos sonhos das empresas de mídia e ameaça as bases da própria democracia brasileira. Ao contrário do que querem fazer crer, a desregulamentação total das atividades de imprensa no Brasil não atende aos princípios da liberdade de expressão e de imprensa consignados na Constituição brasileira nem aos interesses da sociedade. A desregulamentação da profissão de jornalista é, na verdade, uma ameaça a esses princípios e, inequivocamente, uma ameaça a outras profissões regulamentadas que poderão passar pelo mesmo ataque, agora perpetrado contra os jornalistas.

O voto do STF humilha a memória de gerações de jornalistas profissionais e, irresponsavelmente, revoga uma conquista social de mais de 40 anos. Em sua lamentável manifestação, Gilmar Mendes defende transferir exclusivamente aos patrões a condição de definir critérios de acesso à profissão. Desrespeitosamente, joga por terra a tradição ocidental que consolidou a formação de profissionais que prestam relevantes serviços sociais por meio de um curso superior.

O presidente-relator e os demais magistrados, de modo geral, demonstraram não ter conhecimento suficiente para tomar decisão de tamanha repercussão social. Sem saber o que é o jornalismo, mais uma vez – como fizeram no julgamento da Lei de Imprensa – confundiram liberdade de expressão e de imprensa e direito de opinião com o exercício de uma atividade profissional especializada, que exige sólidos conhecimentos teóricos e técnicos, além de formação humana e ética.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), como entidade de representação máxima dos jornalistas brasileiros, esclarece que a decisão do STF eliminou a exigência do diploma para o acesso à profissão, mas que permanecem inalterados os demais dispositivos da regulamentação da profissão. Dessa forma, o registro profissional continua sendo condição de acesso à profissão e o Ministério do Trabalho e Emprego deve seguir registrando os jornalistas, diplomados ou não.

Igualmente, a FENAJ esclarece que a profissão de jornalista está consolidada não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. No caso brasileiro, a categoria mantém suas conquistas históricas, como os pisos salariais, a jornada diferenciada de cinco horas e a criação dos cursos superiores de jornalismo. Em que pese o duro golpe na educação superior, os cursos de jornalismo vão seguir capacitando os futuros profissionais e, certamente, continuarão a ser a porta de entrada na profissão para a grande maioria dos jovens brasileiros que sonham em se tornar jornalistas.

A FENAJ assume o compromisso público de seguir lutando em defesa da regulamentação da profissão e da qualificação do jornalismo. Assegura a todos os jornalistas em atuação no Brasil que tomará todas as medidas possíveis para rechaçar os ataques e iniciativas de desqualificar a profissão, impor a precarização das relações de trabalho e ampliar o arrocho salarial existente.

Neste momento crítico, a FENAJ conclama toda a categoria a mobilizar-se em torno dos Sindicatos. Somente a nossa organização coletiva, dentro das entidades sindicais, pode fazer frente à ofensiva do patronato e seus aliados contra o jornalismo e os jornalistas. Também conclama os demais segmentos profissionais e toda a sociedade, em especial os estudantes de jornalismo, a intensificarem o apoio e a participação na luta pela valorização da profissão de jornalista.

Somos 80 mil jornalistas brasileiros. Milhares de profissionais que, somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o jornalismo.

Para o bem do Jornalismo e da democracia, vamos reagir a mais este golpe!

das coisas do coração e do mundo

É incrível a vontade e dificuldade de falar das sentimentalidades aquelas de todos os dias. Como se fossem inatas de uma condição humana, como se fossem coletivas ao mundo todo. E interiores só a mim...

Segunda-feira tanto pra ler e gritar e pouca expressividade pra tudo isso. É sentimento demais, sensações demais. Definição de menos, porquês fazendo falta. Como se o reduto das emoções se fechasse agora em mim e eu não soubesse desabrochar.

Então deixo todas essas coisas aqui, no mundo e no meu coração. Falo delas quando puder e nem sequer me permito entender. Pois não valeria o esforço de dizer que é simples assim. Mas quando você ler, talvez perceba que assim como eu, um dia também sentiu e não soube explicar.

leia e reflita


Escrita de forma brilhante pelo socialista declarado George Orwell, “A Revolução dos Bichos” foi publicada em 1945, tendo de esperar pelo fim da Segunda Guerra Mundial. Extremamente cínica e inquietante, a obra trata das relações de poder na sociedade e deixa qualquer leitor intimidado com sua audácia e senso de realidade.

A fábula se passa na Granja do Solar, onde os animais estão cansados da dominação dos humanos que ganham dinheiro ás custas de seu trabalho. Contagiados pelos versos de “Bichos da Inglaterra” cantada por Major – porco admirado por todos na granja – os bichos resolvem instaurar uma revolução logo após a sua morte. Essa revolução colocaria os animais no comando estabelecendo uma relação de absoluta igualdade entre todos.

Sob a liderança dos porcos, os animais mais inteligentes, tudo ia bem na Granja. Os bichos seguiam os mandamentos e tradições do “animalismo” - espécie de seita criada pelos bichos. E assim cantavam, reverenciavam aos companheiros já mortos, cumpriam longas jornadas de trabalho. Sempre sob a fiscalização dos porcos. Estranhamente os mandamentos da seita, que ficavam escritos na parede da granja sofriam alterações constantes, e como a maioria dos animais não sabia ler, logo eram convencidos pelos porcos de que estavam enganados.

Em pouco tempo os porcos assumem o controle total da comunidade, passam a comerciar a produção da granja, a residir na casa do antigo patrão, onde dormem em camas, usam roupas, bebem uísque, se relacionam com homens. Mas qual eram mesmo os princípios norteadores da revolução?

Genialmente construída por Orwell “A Revolução dos Bichos” representa uma forte crítica ao sistema político da época. Personificando em animais os diferentes seguimentos da sociedade.

Ao longo da obra sentimos esta proximidade. Nas relações dos animais se misturam (des)valores próprios de um sistema social corrompido. E como não poderia ser diferente, o desfecho da fábula é muito mais que revelador, deixa o leitor extasiado com tanto realismo:
“(...) mas já era impossível distinguir quem era homem, quem era porco.”

“A Revolução dos Bichos” é contemporânea e sempre vai ser, é daquelas obras que deixa o leitor confuso com tamanha genialidade. Orwell realmente surpreende.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

let's talk about music

Depois de anos sem pisar por aqui (os motivos vocês descobrem em postagens futuras), resolvi falar de música. Aliás, falar de sons que tenho ouvido MUITO e que talvez seja novidade para alguns!

Primeiro: MGMT - dupla de nova-iorquinos estilosos, fazem um rockzinho indie que fica na cabeça e faz a gente bater o pé. Tem uma pegada eletrônica muito boa, há tempos não ouvia um sonzinho tão empolgante! Provavelmente tu já ouviu "Eletric Feel" ou "Time to Pretend" do único álbum dos caras "Oracular Spectacuar" senão, por favor ouça!


Segundo: Phoenix - vindos da França, cantam em inglês. Embora pouco conhecidos no Brasil, os caras têm longa data na cena independente francesa. A banda tem uma pegada meio pop mas o rock está ali, principalmente os 70's e 80's. Sonzinho pra deixar de fundo e ir curtir no balancinho, mas também têm músicas que o groove agita. Aí "Lisztomania" do último álbum, Wolfgang Amadeus, recém lançado:



Terceiro: Kate Nash - sim, eu sei que tu conhece mas precisava registrar aqui. Tem um tempo já que eu conheço, mas fato é que desde então não passo um dia sem ouvir o álbum inteiro ou quase. Para quem não conhece a inglesa tem apenas 21 anos e tem um álbum todo autoral. Numa levadinha a la Regina Spektor e Lily Allen (quem a lançou ao showbisness) Kate impolga seja no violão ou ao piano, e pra mim aquela voz é folk, não adianta!


Quarto e último: Beirut - ok, também conhece né?! Sim, são os caras que cantam "Elephant Gun", mas deixa eu falar porque eles merecem! A mistura dos EUA com o México deu a fusão perfeita do folk com o rock. O trompete e o ukelele (espécie de "violão arcaíco", bizarro! É menor e com menos cordas, mas faz um baita som) são a marca registrada da banda, que é melancólica na medida certa.
Ouviu os trompetes e a voz segura mas que a faz a gente relaxar de Zach Condon, já sabe, é Beirut! É foda!



Infelizmente não consegui postar védeo de todos, o youtube anda de poucos amigos ultimamente. Mas tudo que eu falei aqui, baixa-se na comunidade Discografias (o retorno) do orkut, que diga-se de passagem: faz meus dias mais felizes!

Enjoy!