quinta-feira, 30 de abril de 2009

enfim alguém falou...

Recebi este vídeo por e-mail e não pude deixar de postar:

A "farra das passagens aéreas" no Congresso por Luiz Carlos Prates, da RBS TV Santa Catarina. O jornalista falou no ar, no último dia 20, o que muitos gostariam se tivessem coragem!


segunda-feira, 27 de abril de 2009

Anna Akhmatova - Antologia Poética

Anna Andreevna Gorenko (1889 - 1966), pseudônimo: Anna Akmatova. Começa a escrever aos 11 anos, escondida do pai. Torna-se então um dos grandes nome da poesia moderna russa.

De liguagam simples e clara, sua poesia é extremamente humana. Fala com naturalidade dos sentimentos dela. Tem tom intisma e confessional. Foi a primeira mulher russa a escrever de modo feminino, sem se preocupar com isso. Entre suas criações mais famosas estão "Requiem" e "Poema Sem Herói".

A obra de Anna Akmatova foi traduzida e organizada pelo jornalista mineiro Lauro Machado Coelho. Com poesias selecionadas de 1912 a 1964 o livro Antologia Poética foi lançado recentemente pela coleção L&PM Pocket.
Na maioria das livrarias, esse tesouro para os apreciadores de poesia, sai por R$13,50.

Vale a pena conferir!

Abaixo segue um trecho da entrevista de Lauro Machado Coelho cedida a editora (www.lpm.com.br):

L&PM Editores – Como surgiu o seu interesse pela vida e pela obra de Anna Akhmátova?
Lauro Machado Coelho – Eu tinha dezoito anos em 1962, quando encontrei os primeiros poemas de Akhmátova em uma edição bilíngüe da Editorial Progresso, La Poesía Soviética Rusa, traduzida pelo poeta chileno Nicanor Parra, o irmão da cantora Violeta Parra. A força de seus poemas, de uma dicção muito especial, a integridade daquela mulher – na época ainda viva – que enfrentou as piores pressões e humilhações sem se deixar quebrar, fez com que eu me apaixonasse instantaneamente por ela. Amor à primeira vista. Namoro para a vida inteira. Akhmátova viu o fim do regime imperial – ela tinha 28 anos na época da Revolução – sobreviveu aos horrores do stalinismo, e morreu em 1966, convertida em um verdadeiro monumento de sua época. O Destino tem um senso de humor muito peculiar. Ela morreu em 5 de março, o mesmo dia em que, treze anos antes, morrera Iósif Stálin, do qual ela triunfou.

L&PM Editores – Qual a importância da poesia de Anna Akhmátova?
Lauro Machado Coelho – A sua profunda humanidade. A capacidade que ela tem de falar de seus próprios sentimentos de uma forma tão universalizante que qualquer indivíduo pode identificar-se com ela. Akhmátova é a primeira poeta russa que não tenta rivalizar com os homens dentro de seu terreno. A sua é uma típica poesia de mulher. Mas escrita de tal maneira, que um homem pode perfeitamente compreender e sentir a intensidade do que ela está dizendo. E mais: é uma poesia de simplicidade clássica, despojada, de enorme sobriedade. Capaz de concentrar toda uma vida numa estrofe de quatro versos, como dizia um dos estudiosos de sua obra.

L&PM Editores – Você pode nos dar uma breve explicação sobre a escola literária russa acmeísta, da qual Anna foi fundadora?
Lauro Machado Coelho – O acmeísmo – palavra que vem do grego "acme", a essência – foi um movimento de repúdio tanto do hermetismo e do esoterismo simbolista quanto das experiências demasiado radicais do Modernismo, a vanguarda moscovita reunida em torno de Maiakovski e Khlébnikov. Ele foi proposto pelo Tsekh Poétov (a Oficina dos Poetas), de São Petersburgo, como uma forma de fazer uma poesia direta, sem excesso de adornos, que refletisse a realidade à volta dos poetas. Além de Akhmátova, na Oficina estava o seu primeiro marido, o poeta Nikolái Gumilióv.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

bom para vida e para os ouvidos

Pensei em escrever algo sobre a então famosíssima Susan Boyel (47). Cantora escossesa de rosto marcado nos últimos dias. Com uma história de vida que valeu reportagens na Revista Semana, Programa Fantástico e Jornal Hoje da Rede Globo, a estranha Susan encantou no programa de talentos mais popular da Grã Bretanha,o “Britain’s Got Talent”.

De aparência desastrosa, com taleto incontestável. A pobre voluntária de ingreja deixou platéia e jurados boqueabertos com sua voz doce e segura. Desconstruindo sua imagem então reprovada.
Os vídeos de sua apresentação de “I dreamed a dream”, foram assistidos mais de 5,3 milhões vezes, tornando-se um verdadeiro fênomeno do youtube! No entanto a "incorporação do vídeo" foi retirada a pedido da TV Britânica.

Susan Boyle sonha ser uma "estrela da música" e nos traz a beleza (sim, a beleza) desta arte justamente em tempos de pouco talento e muita performance. Em que a música é mais vista que ouvida ou sentida.

Aquela fisionomia bizarra... despertou ironicamente um sentimento de ternura em todas que a assistiam. Isso é a música!
Que ela realmente seja um sucesso e mostre a todos o valor de um sonho!

E quanto ao vídeo, resolvi postar uma das grandes canções de 2008, (aí eu falo de produção, arranjo e letra) Lost! do Coldplay, banda que acalma meus dias e definitivamente contribui para o este rol de bons músicos, que agora conta com Susan Boyle. Bom pra vida e para os ouvidos também!

Just because I'm losing
Doesn't mean I'm lost
Doesn't mean I'll stop
Doesn't mean I'm across


Certo Susan?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

surge então

Uma vontade, um sentimento de escrever aqui o que escrevo a muito tempo. Um desejo antigo que hoje se materializa sem muita explicação. Em uma fase inconstante da minha vida, em que a dúvida me acompanha e eu mesma me conforto. Assim quero continuar escrevendo sem muita vaidade, escrevendo de mim (...) e para mim.

É uma ânsia de falar de tanta coisa, de relatar o que vejo e externar o que penso. São nuances coletivos de uma sociedade e de um indivíduo. De uma particularidade e de um todo. São pluralismos de uma intimidade, minúcias de um universo inteiro.

De narrativa liberal, de pouca forma e muita vontade. Subjetivo e poucas vezes racional. Tentando fazer jornalismo e também literatura. Política, poesia, sociologia, cotidiano, cultura... um pouco do que gosto, um pouco do que vou escrever aqui.