sábado, 12 de setembro de 2009

um dia a menos

Tenho que lhes dizer que hoje não me sinto muito bem. Temo decepcionar o leitor, mas acordei estranha, desconfortável, não queria ter acordado. Sair da cama foi algo tão doloroso quanto arrancar aquele curativo do meu joelho aos 11 anos. Era exatamente a mesma sensação como se a fita adesiva já fizesse parte de mim. Hoje, eram as cobertas.

Elas me imploravam que ficasse ali pelo resto do dia, ou talvez da vida. Pareciam me proteger de algo terrível que me esperava há metros lá fora. Cheguei a verificar minha temperatura. O apito do termômetro digital avisava, eu estava prestes a conhecer o motivo do meu desânimo. Não! Trinta e sete e dois! Perfeitamente saudável. Mas eu realmente não me sentia como sempre, era algo que vinha de dentro de mim, e que só não afetou minha temperatura corporal.

Após uma verdadeira guerra psicologia arranquei o curativo! Foi de uma vez só, mal pude reclamar da dor, tamanha minha agilidade (eu realmente sempre fui muito rápida com as mãos). Estava em pé agora, mas dessa vez, ao contrário da minha infância, sair da cama não me fez sentir nova. Aliás, me sentia perdida, diante do meu quarto e do mundo que me esperava lá fora.
Que que eu faço aqui?

Voltei pra cama e esperei o dia acabar...

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