Foi assim que começou, de súbito e tristemente.
Ela não havia percebido, mas agora simplesmente não havia mais.
Ele se foi. Fatalmente partiu.
Aquela condição intacta teria então acabado.
Também em seu peito o tempo se desfez.
Que coisa triste, que manhã triste aquela.
Aonde ele fora? - se pergunta ela.
Sábia e fragilizada, pois o porquê não devia ser perguntado.
Protegida agora daquilo que se repete, sofre em dor calada e ausente.
Dilatavam-se então, infelizmente as lembranças de uma época perdida.
Como se fosse acabar agora e de vez.
Então ela sofreu e chorou , imitando o poeta.
Com o rosto úmido e salgado, foi assim que ele chegou.
No instante em que ela esqueceu enfim.
No momento, compulsivo pelo perdão.
Tomado pelo seu desdizer, ele foi ao chão, de joelhos aos pés dela.
Tarde demais, o pecado já o havia condenado.
Como por outras coisas e vezes, ele havia perdido sua eleita.
E reprimindo o seu pesar, ele não chorou.
Ela em pé continuou intocada.
E foi assim que terminou.
Ela mais uma vez mentiu, ele como de costume voltou.
E fatalmente ambos fingiram como numa história infantil.
Sabendo que não foi o fim de um conto apaixonado
Mas de um tempo de amor que já se foi.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
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profundo. adorei!
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