
A reportagem dos meus sonhos: BEATLES NO BRASIL. Sim! Amor e admiração que compartilho com muitos pelo planeta. Amor dedicado a história da maior banda de rock de todos os tempos.
Eram eles, aqueles meninos de Liverpool que encantavam multidões e revolucionavam o mundo da música (e outros tantos mundos) nos anos 60: McCartney, Lennon, George e Ringo com roupas e cortes de cabelo peculiares, e fortes posições políticas e sociais. Eram seguidos pela maioria dos jovens da época – e por muitos até hoje.
A reportagem seria a cobertura do show do "Fab Four" (quarteto fabuloso) em território brasileiro. Sendo retratado a partir de meus olhos atentos de jornalista, olhos fascinados de fã incondicional.
Era maio de 1968. Protestos e questionamentos quanto a norma vigente eclodiam na França, e como as vozes que vinham das ruas, o espírito contestador se espelhava por países do mundo todo. No Brasil, protestos estudantis contra a ditadura militar começavam a movimentar os ânimos e instigar uma nova consciência.
Abertura do espetáculo, Maracanã lotado, mais de 80 mil pessoas fazendo coro com a dupla Lennon-McCartney: “Helter Skelter” foi a primeira. E assim, em duas horas e meia de música, passando por “Michelle” (é claro), o show antológico é encerrado com a clássica balada, “Let It Be”. Ovacionados, os gênios do rock saem de cena, sob gritos e choros dos milhares presentes.
Sessenta e oito, ano de agitação política, contestações sociais e espírito transformador pelo planeta. Sessenta e oito, ano de liberdade ameaçada, ano de AI-5 e também do período mais criativo da vida cultural brasileira. Sessenta e oito, ano de música com forma e conteúdo, de idéias fervendo e vontade de se expressar. Sessenta e oito, ano de Beatles no Brasil, o ano que eu gostaria de ter vivido.
- texto para Zero Hora: "a reportagem que eu gostaria de ter feito"
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